As ruínas do que outrora foi um
imponente hotel termal marcam a paisagem de uma das encostas da Serra da Pena
em Sortelha. A presença neste local de nascentes de água com elevados níveis de
radão, conhecida como Água Radium, que no início do século XX se considerava
ser benéfica para a saúde, motivou a criação das termas e do hotel neste local.
Segundo a tradição oral, quem mandou erigir estas infraestruturas foi um Conde
espanhol que ouvindo falar das propriedades terapêutidas da Água Radium, trouxe
a sua filha ao local para tratar uma doença de pele de que padecia.
Durante a chamada “febre da
radiactividade”, o grandioso hotel construído em granito, com cerca de 90
quartos e capacidade para 150 pessoas, viveu um período próspero pois a água
deste local era considerada uma das mais radioactivas do país. Mas após a 2ª
guerra mundial, com a descoberta dos malefícios que afinal a radioactividade
acarretava para a saúde, a frequência das termas reduziu drasticamente,
provocando a falência da estância termal, cuja actividade foi suspensa em 1945.
O hotel acabou também por fechar nos anos 60.
Não obstante alguns projectos para o requalificar, o local permaneceu
ao abandono até aos dias de hoje, mas a sua arquitectura acastelada imponente e
a sua história continuam a alimentar o imaginário e a curiosidade colectiva.
Boa reportagem...és Fantástica Tânia!
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